segunda-feira, 22 de agosto de 2011

CRIMES DE AMOR

Por que te fazes
De inocente quando
És a razão dos meus
Crimes de amor?

Sei que te fazes donzela
E não vês as mazelas
De tudo o que
Um dia por ti causei...

Criei esperanças ao luar
De que todos os dias
Queriam brilhar
Disse ao céu que
Noutra noite voltarias...

Menti à natureza
Que por tão rara beleza
Noites, dias fazia...

Fui aurora boreal
Fui trovoada desesperada
Fui tsunami invadindo a terra
Fui vulcão derramando lavas...

E desiludida fui lua minguante
Até tornar-me estrela cadente
Para desaparecer no infinito
Em um novo Big-Bang
Quando renascia a primavera...

Mário Feijó
01.08.11

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