terça-feira, 5 de junho de 2012


LUA QUE SE ENCHE DE MIM


Eu queria ser a chuva
Para adentrar na terra
Ser volátil para no vento
Envolver-me em teu corpo

Ser a luz
Para não prender-me
Ser as ondas do mar
Para no teu corpo me agitar

Ser apenas um homem
Ser putrefato, ignóbil
Frágil, doente, demente
Indecente, carente e temente a Deus

Uma pequena criatura
Cujo prazo de validade já expirou
Que continua existindo
Porque a lua se enche de mim...

Mário Feijó
05.06.12


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