quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

QUANDO NASCE O SOL

Eu sempre pensei
Que tu eras meu amanhecer
Mas não levou muito tempo
Para eu descobrir que eras o ocaso
É até possível que fosses
Uma noite sinistra
Mas eu via em ti
Algo a ser desbravado
Algo onde havia mistério...

Houve sustos, sobressaltos
Mas nada era misterioso.
A paixão cega e eu via
Teus gestos tresloucados
Eras sinistra – não misteriosa
Bruxa malvada – não fada bondosa
Havia em ti maldade –
Nunca foste renúncia, caridade...

Eu sobrevivi
E tu agora queimas
Quando nasce o sol...


Mário Feijó
31.12.10

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